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Como era o "tratamento" de Autistas nos anos 80



Nos anos 80, o autismo era amplamente desconhecido e mal compreendido, o que resultava em um tratamento bastante limitado e inadequado para essas pessoas. Naquela época, a visão predominante do autismo era baseada em teorias psicodinâmicas e comportamentais.

Muitos profissionais de saúde acreditavam que o autismo era resultado de uma relação parental inadequada ou negligente, e que poderia ser tratado através de intervenções comportamentais rígidas, como o método de ABA (Análise do Comportamento Aplicada), que se baseava em recompensas e punições para modificar comportamentos.

Além disso, as terapias eram frequentemente focadas em suprimir comportamentos considerados "anormais" ou "indesejáveis" e forçar a imitação de comportamentos considerados "normais". Essas terapias muitas vezes eram desumanas e abusivas, podendo incluir punições físicas e técnicas aversivas.

Os serviços e recursos disponíveis também eram bastante limitados naquela época. Muitas crianças autistas eram institucionalizadas, separadas de suas famílias e isoladas da sociedade. O acesso à educação inclusiva e adequada era escasso e as opções de tratamento eram limitadas.

Felizmente, desde então, houve um grande avanço no entendimento e tratamento do autismo, e o tratamento atual se baseia em uma abordagem mais centrada na pessoa, respeitando sua individualidade e promovendo sua inclusão na sociedade.

Nos últimos anos, a abordagem no tratamento do autismo tem se voltado cada vez mais para uma perspectiva mais inclusiva e respeitosa das características e necessidades individuais das pessoas autistas. A partir da valorização da neurodiversidade, há uma compreensão de que o autismo é simplesmente uma forma de ser e não uma doença a ser curada.

Isso tem levado a um maior foco na capacitação das pessoas autistas, fornecendo-lhes as habilidades necessárias para melhor enfrentarem os desafios do dia a dia. O tratamento passou a adotar uma abordagem mais holística e individualizada, considerando não apenas os aspectos comportamentais, mas também as necessidades sensoriais, emocionais e sociais das pessoas autistas.

Além disso, há uma maior conscientização sobre a importância do apoio às famílias, fornecendo orientação e recursos para lidar com os desafios que surgem do convívio com o autismo. Também foi reconhecida a importância de envolver a comunidade e criar um ambiente mais inclusivo, no qual as pessoas autistas possam participar plenamente.

Outros avanços incluem a utilização de tecnologia assistiva, aplicativos e recursos de comunicação aumentativa e alternativa para facilitar a comunicação e a interação social das pessoas autistas. Essas tecnologias têm se mostrado úteis para ajudar na expressão das emoções, aprimorar a linguagem e promover a autonomia.

É importante ressaltar que ainda existem desafios a serem enfrentados. Muitas áreas carecem de serviços e recursos adequados para o tratamento do autismo. Ainda há estigmas e preconceitos a serem superados. No entanto, os avanços recentes indicam uma mudança positiva na compreensão e no tratamento do autismo, visando a inclusão, a aceitação e o respeito pelas pessoas autistas em todas as esferas da sociedade.

Houve uma mudança significativa na compreensão e no tratamento do autismo. O autismo passou a ser reconhecido como um espectro, com uma ampla variedade de características e níveis de funcionamento. Essa compreensão levou a um movimento em direção a abordagens mais individualizadas e centradas na pessoa.

Atualmente, o tratamento do autismo é multidisciplinar e abrange uma variedade de abordagens terapêuticas, incluindo terapia comportamental, terapia ocupacional, terapia da fala, terapia sensorial e terapia de integração social. O objetivo é ajudar as pessoas autistas a desenvolver habilidades sociais, de comunicação, autonomia e adaptação ao ambiente.

Além disso, a inclusão na educação regular se tornou uma prioridade, proporcionando apoio adicional em sala de aula por meio de serviços de apoio educacional e estratégias de ensino adaptadas. Também foi reconhecido o valor de entender e respeitar a perspectiva e a experiência autista, promovendo uma sociedade mais inclusiva e aceitadora.

Embora ainda haja muito a ser feito em termos de conscientização e acesso a serviços adequados, as mudanças nas abordagens e no tratamento do autismo nos últimos anos têm sido positivas, buscando respeitar a individualidade de cada pessoa autista e promover o seu bem-estar e desenvolvimento.