A masking no autismo é um comportamento que muitas pessoas autistas desenvolvem para tentar se adaptar às expectativas sociais e se encaixar melhor em ambientes onde suas características neuródivergentes podem ser mal compreendidas ou rejeitadas. É comum que isso aconteça porque a sociedade muitas vezes não está preparada para lidar com a diversidade neurológica.
O processo de masking pode ser exaustivo e prejudicial para a saúde mental do indivíduo autista, pois pode demandar uma quantidade significativa de energia e concentração para se passar por neurotípico em determinados momentos e contextos. Além disso, o masking pode impedir que a pessoa autista desenvolva sua própria identidade e autoconhecimento, pois ela pode passar tantos anos se esforçando para se adaptar às normas sociais que se perde no processo.
Por isso, é muito importante trabalhar para criar uma sociedade mais inclusiva e aceitar a neurodiversidade, reconhecendo que cada indivíduo tem suas próprias características e necessidades. Isso não só ajuda as pessoas autistas a se sentir mais seguras e confortáveis em espaços sociais, como também pode abrir caminho para que elas possam se expressar e contribuir com habilidades e perspectivas únicas que podem beneficiar a todos.
Algumas estratégias que podem ajudar a minimizar a necessidade de masking incluem:
1. Sensibilização sobre o autismo e outras condições neurológicas: quanto maior for o entendimento sobre a neurodiversidade, menos as pessoas autistas serão julgadas por serem diferentes. Isso pode ocorrer através da educação, treinamentos, campanhas de conscientização, entre outras iniciativas.
2. Adaptações ambientais e de rotina: muitas pessoas autistas têm dificuldades com certas sensações e estímulos sensoriais, como barulhos altos ou iluminação intensa. Fazer adaptações no ambiente físico, como reduzir o volume de música ou ajustar a iluminação, pode fazer uma grande diferença. Além disso, seguir uma rotina estruturada e previsível pode ajudar a reduzir a ansiedade que pode levar ao masking.
3. Encorajamento para ser autêntico: criar um ambiente onde as pessoas autistas se sintam seguras para serem elas mesmas e expressar suas opiniões pode ajudar a reduzir a necessidade de masking. Isso pode acontecer através da promoção de um ambiente de confiança, onde todos os membros da comunidade sejam valorizados, independentemente de suas diferenças.
4. Terapia e apoio social: muitas pessoas autistas podem se beneficiar de terapia e de grupos de apoio para lidar com o estresse que pode levar ao masking. Ter um espaço seguro para falar sobre suas dificuldades, compartilhar experiências e receber suporte emocional pode ser muito útil.
5. Adaptações no trabalho e nas atividades sociais: empregadores e organizadores de atividades sociais podem fazer adaptações que facilitem a participação de pessoas autistas, como garantir que haja um local tranquilo para descanso, evitar surpresas ou mudanças de última hora, fornecer instruções claras e diretas, entre outras medidas que possam minimizar a sobrecarga sensorial e emocional.
6. Educação sobre as expectativas sociais: a cultura ocidental tem expectativas sociais que podem ser confusas e difíceis para pessoas autistas. A educação sobre essas expectativas, incluindo como expressar emoções e interagir socialmente, pode ajudar a reduzir a ansiedade e a necessidade de masking.
7. Combater o estigma relacionado ao autismo: infelizmente, o estigma associado ao autismo e outras condições neurológicas pode levar pessoas autistas a esconderem sua identidade. É importante conscientizar a sociedade sobre o fato de que ser autista não é algo a ser escondido ou envergonhado, e que todos merecem ser valorizados e respeitados por quem são.
Essas são apenas algumas sugestões de estratégias que podem ajudar a minimizar a necessidade de masking. Cada pessoa autista é única e pode precisar de diferentes adaptações e suportes para se sentir confortável e autêntica na sociedade. O importante é trabalhar em conjunto para criar um ambiente onde a neurodiversidade seja valorizada e respeitada.